Betano enfrenta polêmica após falha de precificação em linha de passes
- Fred Azevedo
- há 24 minutos
- 3 min de leitura
Falha de precificação em Manchester United x Chelsea teria gerado prêmios irreais, pagos e depois retidos. Jogadores relatam contas negativas.
O clássico entre Manchester United e Chelsea, no dia 20 de setembro de 2025, não ficou marcado apenas pelo resultado em campo (2 a 1 para os Red Devils). Nos bastidores das apostas, a Betano teria sido vítima de sua própria precificação e protagonizado um episódio que acendeu debates sobre transparência, responsabilidade e limites regulatórios.

Imagens que circulam em grupos de apostadores mostram bilhetes com retornos de R$ 25 mil, R$ 35 mil e até R$ 53 mil a partir de apostas inferiores a R$ 100. O motivo, segundo relatos, foi a liberação de linhas de total de passes de jogadores com limites considerados irreais (ex.: Casemiro +6 passes, Cucurella +7 passes, Bruno Fernandes +7 passes) e odds multiplicadoras desproporcionais.

Na prática, o apostador precisava de uma ação trivial — como o volante tocar a bola sete vezes em 90 minutos — para transformar um valor baixo em um prêmio de loteria.
O que aconteceu depois
De acordo com relatos publicados em redes sociais e grupos de apostas:
As apostas foram aceitas e pagas inicialmente pela Betano;
Quem sacou imediatamente viu a conta ser posteriormente ajustada para o negativo, como se houvesse uma dívida com a operadora;
Quem não sacou teve o prêmio retido e removido, sem acesso ao lucro creditado.
Em resumo, a informação compartilhada pelos jogadores é de que a casa teria pago, mas recuado em seguida.
Falhas em mercados secundários
Especialistas em apostas apontam que o episódio expõe uma fragilidade já conhecida, mas pouco debatida: as chamadas props bets ou mercados secundários, como número de passes, desarmes ou chutes.
Ao contrário de mercados principais (vitória, empate, over/under gols), esses mercados exigem banco de dados precisos, modelos estatísticos ajustados e monitoramento de risco constante. Uma linha mal calibrada pode abrir brechas exploradas rapidamente por apostadores atentos.
Segundo fontes do setor, foi exatamente o que ocorreu: uma falha de precificação em larga escala teria permitido que diversos jogadores explorassem as linhas incorretas em Manchester United x Chelsea.
Assimetria entre casa e jogador
O episódio também reacendeu o debate sobre a assimetria contratual. Enquanto as operadoras preveem em seus Termos e Condições a anulação de apostas por “erro evidente”, o cliente não tem o mesmo direito quando prejudicado por odds mal ajustadas ou por alterações unilaterais de mercado.
Essa assimetria, segundo analistas jurídicos, reforça a percepção de desequilíbrio: o risco é socializado quando o erro favorece o cliente, mas não quando favorece a casa.
A questão central passa a ser: se o bilhete foi aceito, processado e até mesmo pago, que margem legal existe para transformar um crédito em débito posteriormente?
Erro honesto ou má gestão de risco?
Há duas leituras possíveis levantadas por especialistas:
Erro honesto de precificação, comum em mercados secundários de alto volume, no qual a casa teria o direito de anular por se tratar de falha material evidente;
Má gestão de risco, já que houve tempo suficiente para identificar a inconsistência, corrigir as odds e evitar pagamentos elevados.
Em ambas as interpretações, reforça-se a necessidade de auditorias técnicas independentes — previstas pela Lei nº 14.790/2023, mas ainda pouco aplicadas — que possam avaliar tanto erros cometidos pelo jogador quanto falhas das próprias operadoras.
O silêncio da Betano
Até o momento, a Betano não se manifestou oficialmente sobre o episódio. O espaço segue aberto para esclarecimentos sobre quais critérios foram usados para anular os ganhos e como serão tratados os casos de clientes que ficaram com saldo negativo.
Reflexão editorial
O episódio vai além de um simples erro de precificação: coloca em evidência um setor em que as regras são desequilibradas e a vulnerabilidade do jogador se mantém.
Sem parâmetros claros para lidar com erros de mercado, a confiança entre público e operadoras pode ser comprometida. Afinal, a questão não é apenas sobre odds incorretas — mas sobre quem assume a responsabilidade quando o sistema falha.
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