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Playtech é exposta como cliente secreta da Black Cube em campanha contra a Evolution

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • há 2 dias
  • 4 min de leitura

Cinco anos de especulações, audiências e versões contraditórias culminaram num veredito que abalou a indústria mundial de cassinos online: a Playtech foi identificada como a mandante do relatório secreto da Black Cube que acusava a Evolution de atuar em mercados ilegais.


A revelação partiu de uma ordem do Tribunal Superior de Nova Jersey, que obrigou a agência de inteligência privada Black Cube a revelar o nome do cliente por trás da investigação.


O documento, produzido em 2021 e enviado a reguladores dos Estados Unidos, foi descrito pela Evolution como uma “campanha difamatória deliberada e fabricada”, com o único propósito de destruir sua credibilidade no mercado.


Imagem ilustrativa de pasta confidencial sobre mesa, com luz baixa e silhueta de homem ao fundo.
Cena conceitual com documentos marcados como “Confidencial” e figura em sombra ao fundo, simbolizando sigilo e espionagem corporativa.

A operação: personas falsas, gravações secretas e narrativas manipuladas


Segundo os autos do processo, agentes contratados pela Black Cube usaram identidades fictícias, disfarces e perfis empresariais falsos para se infiltrar no ecossistema da Evolution.


A investigação envolveu contatos com ex-funcionários e gravações ocultas de reuniões, posteriormente editadas para reforçar uma narrativa de que a empresa sueca fornecia jogos a operadores não licenciados em jurisdições restritas.


O material foi então repassado ao escritório Calcagni & Kanefsky LLP, encarregado de entregar o relatório às autoridades de Nova Jersey e Pensilvânia.


De acordo com a ação judicial, o escritório recebeu cerca de US$ 33 mil por essa intermediação. A divulgação pública teria sido organizada pela pequena agência HeraldPR, por cerca de US$ 10 mil.


Pouco tempo depois, o conteúdo chegou à imprensa, gerando manchetes sobre supostas irregularidades da Evolution — acusações que os reguladores rejeitariam integralmente em 2024, após duas investigações formais.


A resposta da Evolution: “Uma farsa de £1,8 milhão”


A Evolution afirma que a Playtech desembolsou aproximadamente £1,8 milhão para financiar o relatório e coordenar sua entrega a órgãos fiscalizadores e veículos de mídia.


A empresa classifica a operação como “um dos episódios mais antiéticos da história recente do setor” e alega danos bilionários em reputação e valor de mercado.

“É inaceitável que um concorrente use uma empresa de espionagem para fabricar acusações e minar nossa imagem global. Esse relatório foi considerado falso por dois reguladores e pela Justiça americana”, declarou a Evolution em comunicado.

O processo foi ampliado para incluir formalmente a Playtech como ré. A ação, que tramita desde 2021, deve se estender até 2026.



A defesa da Playtech: “Não foi difamação — foi due diligence”


A Playtech nega categoricamente ter promovido qualquer campanha de difamação e afirma que o relatório foi um levantamento legítimo, conduzido dentro da lei.


Segundo a empresa, a investigação buscava “entender e confirmar preocupações levantadas por reguladores e parceiros comerciais” sobre possíveis práticas irregulares da Evolution.

“Acreditamos que a análise da Black Cube aborda temas de grande importância regulatória. A investigação foi conduzida com base legal, e seus achados indicam que determinadas condutas da Evolution comprometem a integridade do setor e até a arrecadação fiscal”, declarou um porta-voz da Playtech.

A companhia diz receber com tranquilidade o escrutínio judicial e garante que o processo provará a legitimidade da apuração.


Black Cube: orgulho, segredos e controvérsia


Conhecida por seu envolvimento em casos de espionagem empresarial e política, a Black Cube também reagiu, mantendo o tom desafiador.


Em nota, a empresa afirmou que suas conclusões são “robustas e documentadas”, com horas de gravações em vídeo e áudio que comprovariam irregularidades da Evolution em mercados sancionados.


A agência, porém, continua se negando a revelar a identidade de seus agentes ou os métodos utilizados, alegando “motivos de segurança operacional”.


A Justiça de Nova Jersey considerou o relatório “objetivamente infundado”, e rejeitou duas tentativas de apelação da Black Cube.


Reguladores americanos encerram investigações


Em fevereiro de 2024, os órgãos de Nova Jersey e Pensilvânia encerraram oficialmente as apurações sobre a Evolution, declarando que não encontraram evidências de atividade ilegal.


A decisão foi um ponto de virada: ela desmontou o relatório da Black Cube e consolidou a tese de que as alegações eram fabricadas e sem base fática.


O Tribunal Superior de Nova Jersey classificou o documento como “não verídico e carente de credibilidade”, reforçando que os autores agiram com dolo e intenção de prejudicar a empresa sueca.



Efeito colateral: ações da Playtech desabam


A revelação teve impacto imediato no mercado.


As ações da Playtech despencaram mais de 30% nas horas seguintes à inclusão da empresa no processo, enquanto a Evolution subiu 1,5%, impulsionada pela percepção de que a acusação havia se voltado contra o próprio acusador.


Analistas do setor descrevem o episódio como “um terremoto corporativo”, que poderá redefinir os limites éticos da competição entre provedores globais.


Playtech vs Evolution: o escândalo que expôs a hipocrisia da indústria


O caso Playtech vs Evolution ultrapassa o campo jurídico. Ele expõe a fragilidade moral de um setor que exige transparência dos operadores, mas convive com sombras entre seus próprios fornecedores.


Se confirmada a acusação, esta será a primeira operação documentada de espionagem corporativa entre provedores de jogos licenciados.


O episódio deixa uma marca incômoda: enquanto governos apertam o cerco sobre publicidade, tributação e responsabilidade social, as grandes marcas do iGaming travam uma guerra subterrânea de poder, dados e reputação.


E, mais uma vez, quem paga o preço é o elo mais fraco dessa cadeia — o jogador, que confia num mercado cuja integridade agora está em xeque.


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© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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