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60% dos brasileiros querem cassinos físicos legalizados

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • 26 de abr.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 28 de abr.

Pesquisa oficial do DataSenado revela apoio da maioria dos brasileiros à legalização dos jogos físicos. Enquanto isso, o projeto de lei segue engavetado — mesmo com os jogos online já regulamentados e operando normalmente no país.


Não é chute. Não é achismo.


Pesquisa revela que brasileiros apoiam cassinos fisicos


É dado oficial: 6 em cada 10 brasileiros são a favor da legalização dos cassinos, bingos e jogo do bicho. Foi o que mostrou a mais recente pesquisa nacional do DataSenado, divulgada no dia 23 de abril.


Com base numa amostra estatística robusta (5.039 entrevistados, margem de erro de 1,72 ponto, nível de confiança de 95%), o levantamento crava: o Brasil está pronto para legalizar o jogo físico.


A pergunta é — por que o Congresso ainda não está?


O povo quer. Os dados mostram. Mas o Senado hesita.


O projeto de lei que trata da legalização dos jogos físicos é o PL 2234/2022. Ele já foi aprovado na Câmara em 2022, está pronto para ser votado no Senado, mas… continua parado.


O relator, senador Irajá Silvestre (PSD-TO), comemorou o resultado da pesquisa e quer colocar o projeto em pauta ainda neste semestre. Para ele, a pesquisa é o empurrão que faltava:

“Depois de quase dois anos e meio discutindo esse projeto no Senado, ele está pronto, maduro. A sociedade já sinalizou.”

Enquanto isso, o governo, na figura do líder Jaques Wagner (PT-BA), diz que “não há clima político” para votar.


Mas o clima na rua é outro.


E é bom que o Senado perceba isso logo.


Legal no celular, proibido no bairro: a hipocrisia do jogo no Brasil


Hoje, no Brasil, apostar em futebol pelo celular é legal.


Jogar roleta num cassino físico é crime.


Com a regulamentação das apostas online (Lei nº 14.790/2023), o governo criou um mercado formalizado para as bets:


✅ empresas com sede no Brasil,

✅ regras claras,

✅ fiscalização da Fazenda,

✅ exigência de licença,

✅ medidas contra lavagem de dinheiro,

✅ proteção ao jogador.


Mas quando o assunto é jogo físico, o debate emperra.


Como se cassinos fossem automaticamente marginais, e o que acontece no online fosse puro “entretenimento virtual”.


Ou seja: pode apostar pelo celular, mas não pode entrar num cassino com CNPJ.


Eficácia da proibição dos cassinos? Ninguém acredita mais.


Um dado importante da pesquisa: 75% dos brasileiros acham que a proibição atual dos jogos físicos é ineficaz.


Ou seja, o Estado finge que proíbe e o povo segue jogando — só que na clandestinidade.


  • Apenas 25% acham que a ilegalidade “reduz significativamente” o acesso.

  • 29% dizem que “não reduz nada”.

  • 41% acham que só reduz “pouco” ou “moderadamente”.


O que esse dado mostra? Que o brasileiro sabe que o jogo já existe. E o que ele quer é que o Estado pare de fingir e comece a regular.



O que o povo quer: regra, emprego e imposto


A pesquisa não mostra só apoio à legalização. Mostra também lucidez:


  • 58% acreditam que a legalização aumentaria a arrecadação de impostos.

  • 44% acham que traria mais empregos.

  • 77% querem regras para evitar o endividamento do jogador.

  • 82% querem combate à lavagem de dinheiro.

  • 62% querem fiscalização de máquinas de jogo.


Ou seja: ninguém está pedindo jogo liberado sem regra.


A maioria quer uma legalização responsável, transparente, com controle e benefícios sociais.


Cassino é só luxo? Não. É economia real.


Legalizar cassinos no Brasil não é só abrir hotel com roleta para gringo em Foz do Iguaçu. É:


  • gerar empregos formais onde hoje há exploração informal;

  • cobrar imposto de verdade de um setor bilionário;

  • tirar da mão de quadrilhas e entregar para operadores fiscalizados;

  • criar turismo de eventos e lazer que fica no Brasil, não em Punta ou Las Vegas.


Hoje, o dinheiro do jogo sai do país, escapa do imposto e volta como problema de saúde pública ou fraude.


Legalizar não é incentivar o vício. É admitir que o jogo existe — e botar regra, trava e contrapartida nisso.


A hipocrisia do "não há clima"


“Não há clima político”, dizem alguns senadores.Mas há 102 milhões de brasileiros a favor. Há casas de apostas online anunciando no intervalo da novela.


Há cassino ilegal operando em subúrbio e condomínio de luxo. E há Estado que segue fingindo que proibir é política pública.


O que não há é coragem. O que não há é vontade de tirar o Brasil da zona cinzenta.


Considerações finais


A mesma mão que regula as bets, precisa votar o jogo físico. Não dá mais pra fingir que são mundos diferentes.


Se o governo já entende que o brasileiro aposta online com ou sem regulação — e que é melhor regular —, por que ainda resiste a fazer o mesmo com o jogo físico?


A pesquisa do DataSenado mostrou: o Brasil está pronto.


O mercado já existe. O público quer jogar. O Estado precisa parar de correr atrás da realidade.


Agora é com o Senado.


E a cada dia que essa pauta fica parada, perde-se imposto, emprego e dignidade.


📢 Cobertura completa no meu Instagram @fredazevedo85. Dados, bastidores, pressão e posicionamento.


Aqui, a gente não passa pano — a gente expõe o jogo.



Atenção

Jogue com moderação e dentro de suas possibilidades. O jogo é uma forma de lazer, não uma solução financeira.

© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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