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Bancos tiram do jogo as intermediadoras de pagamento

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • 7 de mai.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 10 de jun.

O mercado de pagamentos no setor de apostas vive um colapso anunciado.


Aparentemente, a guerra era contra os sites de bets. Mas quem está vencendo por W.O. são os bancos.


Nas últimas semanas, surgiram indícios claros de que o ecossistema de pagamentos alternativos está se desintegrando. Operadoras de PSP (Payment Service Providers) estão saindo do mercado, demitindo em massa, ou sendo absorvidas.


Segundo uma fonte confiável do setor de pagamentos, que atua diretamente na estrutura de uma das maiores operadoras do país, "o mercado acabou. Os bancos comeram tudo. Quem ficou, teve que aceitar condições drásticas de contrato ou deixar o setor."


Os sinais da queda das intermediadoras de pagamento


De acordo com essa mesma fonte, a estratégia de saída das PSPs tem relação direta com uma mudança de cenário: o setor de apostas estaria se tornando financeiramente inviável para intermediadoras de pagamento.

"Hoje, o banco oferece contrato direto para o cassino. O operador entra direto na rede bancária, e a PSP simplesmente sai da jogada. Não tem mais câmbio. Não tem como competir."

Além disso, contratos de fidelidade e exigências operacionais rígidas estariam criando uma espécie de armadilha: o operador fica preso a metas, e o banco, à primeira inconsistência, trava tudo.


O custo fica com quem precisa rodar o sistema.


Segundo outro especialista do setor, os bancos não estão preocupados com a liquidez de mercado. "O setor de apostas é pequeno diante do lucro que eles têm operando os fluxos. Intermediar é mais lucrativo. E agora, com o discurso da legalidade na mão, os bancos avançam sobre tudo."


Operadoras de PSP (Payment Service Providers) estão saindo do mercado, demitindo em massa, ou sendo absorvidas.
Operadoras de PSP (Payment Service Providers) estão saindo do mercado, demitindo em massa, ou sendo absorvidas.

Febraban e ANJL: o tom da aliança


No dia 30 de abril, representantes da ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias) se reuniram com a Febraban, para reforçar o papel dos bancos no enfrentamento ao mercado ilegal de apostas e na construção de um ecossistema regulado.


Participaram do encontro Plínio Lemos Jorge (presidente da ANJL), Pietro Lorenzoni (diretor jurídico da ANJL) e Rubens Sardenberg (diretor da Febraban). A pauta foi clara: repressão aos sites ilegais e fortalecimento das casas licenciadas.


O problema é que, ao mesmo tempo em que os bancos prometem apoio ao mercado regulado, estão varrendo da mesa as intermediadoras que viabilizaram o funcionamento desse mercado nos últimos cinco anos.



A estratégia bancária: controle total


Com o aval institucional e o discurso de compliance, os bancos passaram a operar como protagonistas silenciosos. Estão dentro do sistema, com acesso a liquidez, dados e estrutura.


Não precisam mais das fintechs. E hoje, comem na fonte sem dividir o prato.


Ao oferecer contratos diretos, os bancos eliminam a camada intermediária. Com isso, concentram controle sobre o fluxo financeiro e deixam os operadores reféns de metas.


O discurso é bonito: estabilidade, segurança, prevenção à lavagem de dinheiro.

Mas na prática, o que se tem é um oligopólio se formando sob o pretexto da regularização.


E tem mais: com o avanço das exigências de compliance, as casas sérias não terão escolha a não ser correr para os bancos, porque são eles que terão a infraestrutura formal exigida para cumprir os novos protocolos de prevenção à lavagem de dinheiro.


Há inclusive especulações de bastidores de que o governo possa editar alguma portaria técnica que estabeleça, como forma de combate à pirataria, que apenas instituições bancárias estejam habilitadas a operar transações para casas de apostas, mesmo nos casos em que a própria casa seja sua processadora.


A justificativa oficial seria fortalecer o compliance e garantir rastreabilidade total das operações. Mas o impacto direto seria o desaparecimento definitivo das fintechs do ecossistema.


A pergunta que ninguém quer fazer


Quem tem coragem de dizer que os bancos estão sufocando o setor? Não são os operadores, que dependem deles. Não são as fintechs, que já estão saindo caladas. Nem o governo, que precisa dos bancos pra dar lastro à regulação.


A realidade é que o mercado de pagamentos alternativos morreu. O modelo que segurou o setor nos tempos de vacas magras foi desmontado silenciosamente.


E agora, quem não se render, vai ser excluído.


Considerações finais


Enquanto todos apontavam para os operadores como vilões do mercado, os bancos vieram por baixo, assinaram com todo mundo, e quando abriram a boca, já tinham vencido.


O futuro dos pagamentos no setor de apostas agora pertence aos grandes bancos. E os termos serão deles. A promessa de combate à pirataria pelos pagamentos pode até funcionar.


Mas o custo dessa estratégia é o fim de todo o ecossistema que sustentou o mercado até aqui.


📎 Esta matéria foi produzida com base em relatos e fontes do mercado de pagamentos, protegidas por confidencialidade editorial.


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© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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