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Bug de Páscoa na BRX: giros ilimitados por R$ 5 expõem falha grave

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • 24 de abr.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 25 de abr.

Na campanha “Páscoa Premiada” da BRX, o regulamento informava: aposte R$ 350 no jogo Fortune Rabbit e ganhe 50 giros grátis com rollover x1, liberados uma única vez por conta.


No entanto, jogadores descobriram que bastava apostar R$ 5 para receber os 50 giros — e o sistema permitia repetir a operação indefinidamente.


O bug na BRX se espalhou rapidamente em grupos de Telegram e WhatsApp. O que deveria ser uma bonificação pontual virou um bug explorado por centenas de jogadores, com contas registrando até 12 mil giros promocionais acumulados.


Como deveria funcionar a promoção da BRX


Segundo o material promocional da campanha "Páscoa Premiada", a BRX estabeleceu três faixas de bonificação no slot Fortune Rabbit:

  • Aposte R$ 150 e ganhe 20 giros grátis

  • Aposte R$ 200 e ganhe 30 giros grátis

  • Aposte R$ 350 e ganhe 50 giros grátis

A lógica era clara: quanto maior o valor apostado, maior a quantidade de giros recebidos — mas apenas uma vez por jogador.

Em teoria, o sistema deveria verificar o valor apostado, identificar a faixa correspondente e liberar os giros — uma única vez por conta.

Mas não foi isso que aconteceu.


Banner promocional BRX

O bug viralizou — e os grupos de aposta explodiram


Na prática, o que se viu foi um verdadeiro festival de giros grátis. Bastava apostar R$ 5 no Fortune Rabbit, atualizar a página — e os giros caíam. De novo. E de novo. E de novo.

Jogadores relataram ter acumulado saldos de:

  • 🌀 550 giros

  • 🌀 1.500 giros

  • 🌀 até 12 mil giros gratuitos


"Depositava, jogava R$ 5 no Fortune Rabbit, atualizava a página e os giros caíam. Tem gente que pegou 12 mil giros. Eu peguei 550 porque já tava no final."— Jogador em grupo de Telegram

Os prints começaram a circular em grupos fechados e comunidades no Telegram e Instagram. O bug se espalhou rápido, e a falha virou um segredo a céu aberto.

Quem chegou cedo, fez a festa. Quem chegou tarde... também.

"Tava chovendo giro. Um amigo meu conseguiu mais de R$ 3.000 só nas rodadas."— Comentário em grupo de WhatsApp


O impacto financeiro do erro


Um jogador que repetiu a ação e acumulou 800 giros recebeu o equivalente a R$ 400,00 em créditos promocionais, baseando-se no valor individual de R$ 0,50 por giro.

É importante destacar que esse número não representa necessariamente um prejuízo líquido para a BRX, já que os giros gratuitos seguem as regras normais do jogo, podendo resultar em prêmios baixos ou mesmo nulos. No entanto, do ponto de vista contábil e promocional, houve uma entrega não prevista de centenas de reais em tentativas de sorte, o que configura um erro material com impacto direto na exposição financeira da operadora.


Como diversos jogadores relataram ter obtido entre 800 e 12 mil giros — e considerando a viralização da falha — é plausível supor que a soma total dos créditos não previstos ultrapassou centenas de milhares de reais em valor promocional liberado.

A depender da base ativa de usuários impactados, o estrago pode ser ainda maior — não apenas do ponto de vista financeiro, mas também regulatório, uma vez que a legislação brasileira exige que os operadores autorizados mantenham rigorosos controles sobre bonificações e práticas de jogo responsável.


O que causou o bug na BRX? Falha de sistema ou erro humano?


Tudo indica que a BRX sofreu com uma falha crítica no sistema de promoções ou no CRM (gestor de campanhas).

O sistema não validava corretamente o valor mínimo exigido para liberar os giros — ou seja, uma simples aposta de R$ 5 já era suficiente para ativar a recompensa de R$ 350.


Além disso, não havia nenhuma trava que impedisse o jogador de repetir a bonificação. Isso transformou o benefício planejado como "único por patamar" em um recurso replicável indefinidamente.

Outro detalhe chama atenção: nem todos os jogadores conseguiram explorar o bug.


Isso sugere que algum tipo de segmentação — por perfil, conta, ou comportamento — pode ter influenciado a ativação da oferta, o que agrava ainda mais o problema: o erro não era apenas de liberação, mas também de consistência no tratamento de usuários.

Seja por erro de configuração, falha de integração ou ausência de testes, o que se viu foi uma brecha gigantesca em uma campanha pública, dentro de uma plataforma que deveria seguir os mais altos padrões de controle promocional.




E o RTP? O bug alterou as chances do jogo?


Não. Mesmo com milhares de giros ativados de forma indevida, o RTP do jogo Fortune Rabbit não foi afetado.

O RTP (Retorno Teórico ao Jogador) é um parâmetro fixo e configurado diretamente pelo fornecedor do jogo — neste caso, a PGSoft. Ele não muda com base na quantidade de rodadas, valor apostado ou falhas em promoções.


O que houve aqui não foi uma distorção no funcionamento do jogo em si, mas sim um erro operacional no sistema da BRX, que liberou um volume fora do previsto de giros promocionais.


O slot continuou funcionando exatamente como deveria, com os mesmos símbolos, volatilidade e probabilidades. O que mudou foi quem teve acesso e em que volume, e isso gerou um custo inesperado para a operadora — não uma vantagem injusta sobre outros jogadores em termos de RNG ou fairness.

Considerações finais


Falhas desse tipo não são novas no mercado de apostas — mas continuam sendo graves. Não é culpa do jogador perceber que algo está errado e aproveitar o que está disponível no sistema. O erro, nesse caso, é da casa.


Se uma promoção foi mal configurada e permitiu giros ilimitados com apostas mínimas, isso é um problema de bastidor, de controle, de testes, de compliance.

E até o momento, a BRX não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Também não há confirmação pública de como serão tratadas as contas que exploraram o bug.


🔔 Importante: Se algum jogador for punido, bloqueado ou tiver saques travados por conta da falha, é essencial lembrar:


➡️ O operador é o responsável legal por garantir a estabilidade e as regras de suas promoções.

➡️ O apostador não infringiu nenhuma regra visível.

➡️ A cobrança de transparência e o direito de reclamação são legítimos.


Se há uma lição aqui, ela é clara: nenhuma promoção deve ir ao ar sem testes, sem revisão e sem sistemas de proteção contra abuso interno. O custo do erro, como vimos, pode ser alto — financeiramente, reputacionalmente e legalmente.



Atenção

Jogue com moderação e dentro de suas possibilidades. O jogo é uma forma de lazer, não uma solução financeira.

© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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