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Combate à manipulação de resultados: o esforço virando ação

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • 29 de mai
  • 4 min de leitura

Atualizado: 23 de jun

Na última terça-feira (27), o Governo Federal anunciou a criação de um Grupo de Trabalho Interministerial com foco no enfrentamento à manipulação de resultados esportivos.


A iniciativa, apresentada durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, partiu do Ministério do Esporte e foi detalhada por Giovanni Rocco Neto, secretário nacional de Apostas Esportivas e Desenvolvimento do Esporte.


A proposta reconhece um problema real e urgente: a credibilidade do esporte brasileiro — e, por consequência, do mercado regulado de apostas — depende de confiança.


Jogadores, torcedores, operadores e investidores só permanecem em um ecossistema onde há integridade.


Combate à manipulação de resultados: o esforço virando ação
Combate à manipulação de resultados: o esforço virando ação

Uma estrutura articulada: passo necessário


Giovanni Rocco destacou que o enfrentamento ao problema exige estrutura de governo, articulação entre ministérios e inteligência institucional.


O grupo reunirá representantes dos Ministérios do Esporte, Fazenda e Justiça, com apoio da Senacon, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e da Polícia Federal.


Esse modelo de integração é positivo e sinaliza um amadurecimento da agenda pública.


O Brasil passou anos sem coordenação nesse tema. Ter agora um espaço oficial para cooperação e planejamento interministerial é um sinal de avanço.


O desafio: transformar o grupo em resultado concreto


Dito isso, a expectativa legítima da sociedade é que o grupo de trabalho se traduza em ações concretas, prazos definidos e entregas mensuráveis.


A criação de comissões e GTs não é novidade na administração pública. O diferencial, agora, será a execução.


A manipulação de resultados é uma ameaça silenciosa, mas estrutural. Quando não enfrentada, corrói a confiança dos jogadores, prejudica o esporte e enfraquece a própria autoridade do Estado.


Por isso, é fundamental que a portaria que criará o grupo venha acompanhada de:


  • Cronograma público;

  • Recursos orçamentários mínimos;

  • Indicadores de desempenho;

  • Canal de transparência para acompanhamento da sociedade civil.


Oportunidade para o Brasil assumir protagonismo no combate à manipulação de resultados


O mercado de apostas no Brasil foi oficialmente regulamentado em janeiro de 2025. Ainda é um marco recente. Por isso, a chance de construir um sistema nacional de integridade desde o início é única.


Em outras jurisdições, como Reino Unido, Dinamarca e Austrália, as políticas de proteção à integridade esportiva foram implementadas tardiamente, após escândalos. O Brasil tem a oportunidade de fazer diferente: prevenir antes de remediar.


Além disso, a participação de órgãos como Senacon, Coaf, Polícia Federal e Anatel pode garantir que a manipulação de resultados seja tratada não apenas como questão esportiva, mas como fenômeno econômico e criminal.


O papel do setor privado e das ligas esportivas


Outro ponto relevante da audiência foi a presença de representantes das operadoras e associações de apostas. A diretora da ABFS, Heloísa Diniz, reforçou o compromisso do setor regulado com o jogo responsável e com as boas práticas de publicidade.


As empresas que operam sob licença no Brasil já são obrigadas a manter contratos com fornecedores de integridade, reportar eventos suspeitos e manter políticas rígidas de compliance.


O que se espera, portanto, é que o grupo de trabalho reconheça esse esforço e o utilize como base para dialogar com as operadoras.


As ligas esportivas, clubes e atletas também precisam fazer parte desse diálogo. O combate à manipulação passa pela base: pela educação, pela denúncia protegida e pelo monitoramento em tempo real.



Cooperação internacional e inovação


Giovanni Rocco anunciou ainda que o governo busca cooperação com o Sebrae para mapear o impacto econômico da cadeia do esporte no país.


Isso também é positivo: o combate à manipulação não pode se limitar ao aspecto policial. É preciso entender o mercado, os incentivos e os gargalos.


Outros países avançaram com sucesso a partir de modelos colaborativos. Na Grécia, o uso do cartão do jogador ajudou a mitigar fraudes.


Na França, as ligas têm canal direto com a autoridade reguladora. No Chile, a obrigação de registro de apostas em tempo real está em fase de implementação.


O Brasil pode — e deve — aprender com essas experiências.


Apoiar e acompanhar


A criação do grupo interministerial para enfrentamento à manipulação de resultados é uma iniciativa necessária e bem-vinda. Ela demonstra que o Estado brasileiro começa a tratar o tema com a seriedade que ele exige.


Mas esse esforço precisa se transformar em um plano real: com metas, prazos, recursos e participação social. A confiança no esporte — e no mercado legal — só será fortalecida se houver execução.


O Portal Fred Azevedo continuará acompanhando cada etapa desse processo com olhar técnico, responsável e construtivo.


Porque proteger o jogo limpo é proteger o cidadão comum que acredita, torce e participa desse mercado com fé, paixão e responsabilidade.

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© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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