Influenciadores ameaçados, cassinos piratas operando como máfia digital
- Fred Azevedo
- 6 de mai.
- 3 min de leitura
Atualizado: 6 de mai.
Se você tem um perfil com seguidores, já recebeu proposta pra divulgar “cassino”, topou sem contrato e nem sabe quem está do outro lado — então esse aviso é pra você.
Pode ser a diferença entre ganhar um troco fácil e entrar numa enrascada que vai custar bem mais caro.
A promessa que seduz e depois some
Nos últimos anos, centenas de influenciadores aceitaram divulgar cassinos piratas em troca de comissões generosas e pagamentos rápidos. O modelo era quase sempre o mesmo: 50% na entrada, 50% após bater meta.
Mas o “depois” quase nunca chega.
As desculpas são técnicas: IP duplicado, fraude no cadastro, conta inválida. Tudo decidido unilateralmente, sem qualquer prova, sem espaço para contestação.
“Cumpri a meta certinho. Eles começaram com papo de IP repetido. Mostrei os dados, e sumiram. Nunca pagaram o restante.” — contou um blogueiro
Sem contrato, sem jurídico, o influenciador vira isca. E quando começa a cobrar demais... vira alvo.
Quando a cobrança vira perseguição
Não é exagero. Vários criadores relatam que, ao tentar cobrar o pagamento ou romper o contrato verbal, passaram a receber ameaças.
Alguns tiveram dados vazados em grupos de afiliados. Outros foram perseguidos fisicamente ou viram familiares envolvidos.

“Me mandaram calar a boca. Sabiam onde minha mãe morava. Disseram que se eu falasse mais alguma coisa, iam atrás dela.” — relatou um criador de conteúdo
Em grupos fechados de Telegram, prints revelam valores oferecidos como “recompensa” por informações pessoais de influenciadores.

Sem contrato, seus dados viram munição
Ao aceitar esse tipo de campanha, muitos divulgadores entregam CPF, dados bancários e endereço, tudo por mensagem, sem qualquer formalização.
É como dar a chave de casa na mão de alguém que você nem conhece.
“Nunca achei que iam usar meu CPF contra mim. Um mês depois, recebi ligação ameaçando minha família. Tudo porque cobrei meu pagamento.” — relatou um ex-divulgador
Em qualquer estrutura séria, isso seria crime. No submundo do cassino pirata, é prática comum.
Não pense que só quem é “inocente” cai. Também há influenciadores que receberam o adiantamento e sumiram. E nesses casos, a resposta foi ainda mais brutal: perseguição, ameaças e até recompensa por informações pessoais.

Achou que era só um link? Era armadilha
Essa relação não é comercial. É criminosa. Quem entra achando que vai fazer um story, ganhar um troco e sumir, esquece que está lidando com gente envolvida com lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e, em casos extremos, violência.
E não pense que só quem é “inocente” cai. Tem também quem aceita o adiantamento e depois some, achando que vai enganar o gerente.
Spoiler: esses casos acabam do mesmo jeito — com rastreamento, exposição e ameaça.
O que você pode fazer agora
A Lei 14.790/2023 deixou claro o que é legal:
CNPJ público e visível
Contrato formal
Sede no Brasil
Ouvidoria e canal de denúncia
Se o gerente só fala por Telegram, te paga “por fora” e diz que o contrato “é digital mesmo”, fuja. Essa conta não fecha. E quem cobra a fatura é você.
Conclusão: ninguém joga limpo nos cassinos piratas
Divulgar cassino pirata é colocar seu nome, seus dados e sua segurança nas mãos de uma rede que não responde à Justiça. Não adianta apagar depois. Não adianta se fazer de desentendido.
Quando o dinheiro é sujo, o risco é seu.
Este artigo é um aviso. Se você conhece alguém que está fazendo publi de cassino pirata — mande isso agora.
Porque a próxima recompensa pode ser por ele.
Nota
Este conteúdo tem caráter informativo e preventivo. Foi elaborado com base em depoimentos anônimos enviados por influenciadores, afiliados e criadores de conteúdo. Nenhum nome foi citado, nem empresas ou indivíduos específicos.
Todos os envolvidos em situações similares às descritas neste artigo têm direito à presunção de inocência e à ampla defesa, como prevê a Constituição Brasileira.
Nosso compromisso é com a segurança dos criadores e com o debate transparente sobre os riscos do mercado de afiliação não regulamentada.
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