O imposto sobe. O cassino reage. E quem perde? O jogador.
- Fred Azevedo

- 20 de jun.
- 3 min de leitura
Atualizado: 24 de set.
Quando o governo tira mais da mesa, o cassino se protege — e o apostador paga a conta
Nas últimas semanas, vimos uma guinada silenciosa, mas brutal, no comportamento de muitas operadoras de cassino online: volta da retenção de ganhos, cancelamento de saques via Pix, novos jogos “em destaque” com retorno duvidoso ao jogador e a reintrodução de dinâmicas notoriamente ruins para quem joga.
E o que mudou para elas agirem assim? A carga tributária.
A Medida Provisória que elevou o GGR de 12% para 18% — somada a PIS, Cofins, IRPJ, CSLL, ISS e possíveis CIDEs — faz com que o governo abocanhe quase metade do lucro bruto das casas legais. E se essa escalada continuar, vamos nos aproximar de 70%, 80% de carga real. É insustentável.
E não tem mistério: o cassino vai se proteger.
E como ele faz isso? Reduzindo sua exposição ao jogador.
A conta é simples: quando o Estado toma mais, a casa devolve menos.

Os “jogos em destaque” são uma armadilha
Tem reparado nos jogos “em alta” na home dos cassinos? Aqueles com nome novo, capa bonita, efeito 3D e um botão chamativo de “lançamento”?
Pois é — em muitos casos, são jogos moldados para facilitar a manipulação de RTP (retorno ao jogador). Jogos que podem ter 88% ou menos de retorno real, mesmo quando anunciam “médio/alto”.
São usados como chamariz. Na prática, servem para compensar a perda de margem da casa causada pelo aumento de imposto. Ou seja: você paga o imposto — com seu saldo.
Enquanto isso, casas piratas continuam operando com RTP alto, pagamento instantâneo e 0% de tributo.
E você, que escolheu jogar legal, paga mais e recebe menos. Isso é justo?
A falácia do “o jogador não será afetado”
A retórica oficial repete que “o aumento de imposto não impacta o jogador”. Mas isso é mentira. E o mercado já está provando.
Quando a casa legalizada vê sua margem esmagada, ela tem três opções:
Encerrar operação no Brasil (como algumas já cogitam);
Cortar promoções, reter saque e mexer na política de jogos;
Simplesmente aumentar o peso dos jogos com baixa volatilidade e alto hold.
A segunda e a terceira opções já estão em andamento. E o impacto é imediato: o jogador saca menos, perde mais e sente que algo mudou — mas não sabe explicar o quê.
O risco real: o colapso da regulação
Com o cenário atual, o desfecho é previsível. O cassino legal sofre, o pirata floresce. O jogador comum se desilude. E quem prometeu proteger a sociedade, entregou exatamente o contrário.
O governo precisa entender que tributar um setor recém-legalizado como se fosse uma multinacional consolidada é não entender o que está regulando.
O cassino online não é a Petrobras. É um serviço de entretenimento digital, com margem sensível e concorrência global — e o jogador pode migrar de plataforma em dois cliques.
Ou recua, ou perde
Se o governo não der um passo pra trás, o setor vai quebrar por dentro. E quando a legalidade murchar, não adianta vir com CPI, PL ou discurso moralista. O estrago estará feito.
Quem vai pagar o preço?
Você, jogador.
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