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ANJL quer regulamentação para influenciadores e reforça alerta contra sites ilegais

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • 28 de ago
  • 3 min de leitura

Atualizado: 25 de set


Conforme artigo publicado pela BNLData, em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) defendeu que a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA/MF) avance ainda este ano na criação de regras específicas para influenciadores digitais que atuam na promoção de apostas.


A proposta foi apresentada pelo diretor jurídico da entidade, Pietro Cardia Lorenzoni, que destacou o papel dos criadores de conteúdo como agentes centrais na divulgação de sites — incluindo os que operam ilegalmente.


Influenciador digital diante de câmera e ring light, dividido entre símbolos de apostas legais e sites ilegais.
Imagem mostra influenciador em destaque, refletindo o conflito entre regulação oficial e publicidade de sites de apostas ilegais.

O argumento da ANJL


Durante a sessão, Lorenzoni afirmou que a ausência de parâmetros para influenciadores tem permitido a proliferação de propagandas agressivas e, em muitos casos, associadas a casas não licenciadas. Para ele, essa é uma lacuna grave, já que a comunicação de apostas não pode ficar fora do alcance das normas de fiscalização.


“Hoje temos influenciadores de aposta que fazem propagandas absolutamente danosas, fora da fiscalização do mercado e do Estado. Isso é um problema relevante, que precisa ser endereçado ainda neste ano”, afirmou.

O representante da ANJL reforçou ainda que o mercado ilegal já supera o legal em volume de movimentação, o que gera perda bilionária de arrecadação tributária e amplia riscos como endividamento, acesso de menores de idade e exposição a esquemas fraudulentos.



Mercado legal versus ilegal


Os números apresentados contrastam com a contribuição do setor autorizado. Apenas no primeiro semestre, os operadores regulados recolheram cerca de R$ 4 bilhões em impostos, destinados a áreas como esporte, turismo, seguridade social, educação e saúde.


Ainda assim, segundo Lorenzoni, falta clareza sobre a aplicação desses recursos para mitigar impactos negativos do jogo. E, pior, enquanto o mercado formal tenta se adaptar à Lei nº 14.790/2023, o clandestino segue crescendo sem barreiras efetivas.


Base legal já existente


A lei sancionada em dezembro de 2023 instituiu a modalidade de apostas de quota fixa no Brasil, estabelecendo exigências como sede nacional, capital social mínimo, políticas de jogo responsável e regras para publicidade (arts. 16 e 17).


Essas restrições proíbem, por exemplo, mensagens que prometam ganhos fáceis, que associem o jogo a status social ou que direcionem conteúdo a menores de idade. Complementando a lei, portarias do Ministério da Fazenda detalharam fiscalização de operadoras, certificação de plataformas, requisitos técnicos para jogos on-line e procedimentos de pagamentos.


O arcabouço, portanto, já é robusto. O que falta é atacar o elo ainda fora de controle: a influência digital.



Influenciadores entre a liberdade e a responsabilidade


O tema exige equilíbrio. Regular a atividade de influenciadores não significa censura, mas sim estabelecer limites claros contra a promoção de sites ilegais. A publicidade de apostas, por lei, deve ser voltada a adultos, trazer mensagens de jogo responsável e respeitar o Código de Defesa do Consumidor.


O problema é que hoje muitos perfis não seguem essas regras. Links para cassinos piratas, promessas de renda rápida e vídeos que normalizam o jogo entre adolescentes circulam diariamente nas redes. Sem responsabilização, esse ecossistema enfraquece o mercado autorizado e coloca em risco o próprio consumidor.


Quem esteve no debate


A audiência contou com representantes de diferentes áreas:

  • Letícia Soeira, coordenadora de Jogo Responsável da SPA/MF;

  • Gabriel Lima, CEO da Liga Forte União do Futebol Brasileiro;

  • Rafael Marchetti Marcondes, presidente da Associação de Bets e Fantasy Sport (ABFS);

  • Tiago Horta Barbosa, head de Integridade da Genius Sports;

  • André Gelfi, diretor do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR);

  • Marcelo Kimati Dias, do Ministério da Saúde;

  • Hermano Tavares, do Instituto de Psiquiatria da USP;

  • Juliana Albuquerque, vice-presidente do Conar;

  • além de médicos, advogados e representantes de ligas esportivas.


Regulamentação de influenciadores é urgente para conter publicidade ilegal


O alerta é direto: não basta bloquear sites se os influenciadores continuam atuando como vitrines do mercado pirata. A SPA bloqueia milhares de URLs, mas o ritmo da clandestinidade — que lança de dez a quinze novas casas por semana — é muito mais veloz.


A regulamentação de influenciadores não resolve tudo, mas é passo fundamental. Se o Brasil já possui lei, portarias e instrumentos sancionadores, falta coragem para fechar a torneira da publicidade ilegal.


A questão central é simples: até quando o país aceitará que o setor regulado arque com a carga fiscal, enquanto o clandestino se expande com a ajuda de quem lucra promovendo o ilegal?


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© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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