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Humorista Tirullipa no radar da CPI das Bets

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • há 5 dias
  • 5 min de leitura

Atualizado: há 20 horas

O próximo alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga as apostas online não é apenas um influenciador. É um sobrenome conhecido da política nacional, com conexões que atravessam palcos, telinhas e plenários.


A CPI das Bets, instalada no Senado Federal para investigar o uso de plataformas de apostas online em possíveis esquemas de lavagem de dinheiro e propaganda ilegal, entrou em sua fase mais sensível: a dos depoimentos de personalidades com forte conexão pública.


Após as oitivas de Virginia Fonseca e Rico Melquiades, o Senado prepara o próximo movimento. E Tirullipa já está na lista de convocados.


A entrada do humorista no radar da CPI não é uma surpresa. Além de seu enorme alcance digital, Tirullipa figura em diversas campanhas de marketing vinculadas a plataformas de apostas. O que a CPI quer saber é: essas práticas são legais? Os pagamentos foram feitos de forma transparente? Houve, direta ou indiretamente, promoção de casas que operam fora do marco regulatório brasileiro?


À medida que o prazo da comissão se aproxima do fim — 14 de junho, segundo o cronograma atual — os senadores se apressam para ouvir nomes de alto impacto. E isso inclui Tirullipa.


CPI das Bets
Tirullipa no radar da CPI das Bets

Quando o humor encontra a política


Everson de Brito Silva, nome de batismo de Tirullipa, não é apenas um comediante popular. Ele é filho do deputado federal Tiririca (PL-SP), figura carimbada no Congresso Nacional desde 2011.


A ligação entre pai e filho sempre foi explorada de forma leve, quase folclórica. Mas agora, em um cenário de investigações e responsabilização institucional, essa conexão ganha uma nova camada de interpretação.


Será que os inimigos políticos do pai podem, indiretamente, utilizar a imagem do filho para desgastar a família? Ou seria apenas mais um passo lógico da CPI, diante do envolvimento comercial do humorista com plataformas de apostas?


Essa é uma dúvida que paira nos corredores de Brasília e nas rodas de comentário do mercado. Mas a resposta não muda o essencial: Tirullipa será chamado a prestar esclarecimentos. E precisará explicar o que sabe, o que assinou, e o que divulgou.


O que pode pesar contra Tirullipa na CPI das Bets


Até o momento, a CPI não detalhou os motivos específicos da convocação. Mas o que já se sabe publicamente levanta uma série de questionamentos:


  • Tirullipa participou de campanhas de marketing ligadas a casas de apostas com operação controversa;

  • Apareceu em conteúdos promocionais que não esclareciam a legalidade das plataformas promovidas;

  • Teve participação em eventos e presenças VIP bancadas por casas de jogos, sem transparência sobre os contratos;

  • E até agora, não se pronunciou publicamente sobre sua relação com essas marcas.


Essas informações, somadas ao histórico de campanhas publicitárias agressivas nas redes, colocam o humorista numa posição desconfortável.


A CPI quer entender se houve promoção ativa de jogos de azar irregulares — e se os influenciadores tinham consciência do que estavam fazendo.


Mais do que um depoimento, o que está em jogo é um precedente. Se Tirullipa — um nome forte, com apelo popular e influência política indireta — for responsabilizado ou constrangido pela CPI, isso pode abrir caminho para dezenas de outras convocações, inclusive de artistas com contratos ainda em vigor.


A legalidade em jogo


Desde dezembro de 2023, com a sanção da Lei nº 14.790/2023, só é permitida a publicidade de casas de apostas que possuam licença expedida pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda.


A lei exige ainda que a publicidade seja clara, informativa e compatível com os princípios do jogo responsável.


No entanto, boa parte das campanhas promovidas por influenciadores famosos não seguem essas diretrizes.


Algumas sequer mencionam termos obrigatórios como "proibido para menores de 18 anos" ou "jogue com responsabilidade". Outras promovem casas com CNPJs de fachada, hospedadas fora do país, com saques bloqueados e sem atendimento adequado ao consumidor.


A CPI quer esclarecer se Tirullipa, ao promover essas marcas, infringiu o novo marco regulatório — e se houve algum tipo de ganho financeiro com isso.


Vale lembrar que a ausência de licença não é mero detalhe burocrático: trata-se de um requisito legal essencial para a operação e publicidade no território nacional.


Mercado em alerta


A convocação de Tirullipa, assim como a CPI como um todo, envia um recado claro ao mercado: a era da publicidade desregulada pode estar chegando ao fim.


Até agora, nenhuma plataforma se manifestou publicamente sobre a convocação dos influenciadores. As marcas seguem em silêncio, e muitos contratos permanecem ativos, mesmo com a exposição crescente na CPI.


No entanto, o clima entre agências e empresas é de cautela. Profissionais do setor relatam que muitos contratos estão sendo revisados, com a inclusão de cláusulas de compliance e auditoria de licenças. A publicidade baseada em influência perdeu o escudo da informalidade.


Nos bastidores, há quem diga que a próxima onda será de rescisões preventivas e reposicionamento institucional. Marcas que até então apostavam em rostos famosos para gerar tráfego agora estudam parcerias com veículos certificados e influenciadores com histórico limpo.


O risco para os jogadores


No centro dessa discussão está o consumidor. Jogadores que acessaram casas não licenciadas por meio de campanhas feitas por famosos, e que tiveram perdas ou problemas com saques, estão começando a se mobilizar.


Entidades de defesa do consumidor estudam formas de responsabilizar tanto as empresas quanto os promotores das campanhas.


E já há processos em curso contra influenciadores que anunciaram sites com práticas abusivas, como rollover infinito, bloqueio seletivo de saques e suspensão de contas ganhadoras.


Se comprovado que Tirullipa promoveu essas marcas em troca de pagamento, poderá ser responsabilizado civil e criminalmente, dependendo do grau de envolvimento.


Também não se pode ignorar o impacto psicológico sobre os jogadores. Muitos seguidores tomam decisões baseadas na confiança construída com esses influenciadores.


Quando uma celebridade promove um serviço, presume-se — mesmo que inconscientemente — que aquele serviço foi verificado, validado, ou no mínimo considerado seguro.



O silêncio como estratégia


Desde que seu nome passou a circular entre os requerimentos da CPI, Tirullipa tem mantido uma postura evasiva.


Em vez de se pronunciar diretamente, tem recorrido a mensagens cifradas, postagens motivacionais e trechos de bastidores de seu novo filme — curiosamente intitulado Picaretas Não Vão Para o Céu.


O silêncio pode ser estratégia. Ou pode ser sintoma de um problema maior: falta de assessoria jurídica e institucional à altura do momento. Diante de uma CPI em andamento, com possibilidade de envio de denúncias ao Ministério Público e à Receita Federal, a omissão deixa o campo aberto para especulações — e pressões.


A expectativa é que, quando convocado, Tirullipa opte por comparecer e apresentar sua versão dos fatos.


A recusa ou ausência injustificada poderá ter consequências ainda mais graves, inclusive com possibilidade de condução coercitiva, a depender da deliberação da comissão.


Considerações finais: um nome, um sobrenome e uma escolha


A convocação de Tirullipa à CPI das Bets não é um ato isolado. É parte de um movimento mais amplo de reestruturação do mercado de apostas no Brasil.


O Senado tenta mostrar que o país não será mais um paraíso para operadoras ilegais. E que a fama não blindará ninguém da responsabilidade.


Tirullipa tem agora uma escolha: pode se posicionar com clareza, explicar seus contratos e adotar uma postura colaborativa. Ou pode seguir o caminho do silêncio, apostando que o tempo vai esfriar o escândalo.


O que ele decidir fará diferença não apenas para sua própria imagem, mas para todo um mercado em transição.


Neste baralho político e econômico, Tirullipa é, sim, uma das cartas jogadas na mesa. E a próxima rodada promete ser decisiva.


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© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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