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Ministério do Esporte quer comitê interministerial para fiscalizar repasses das apostas

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

A relação entre apostas esportivas e financiamento do esporte brasileiro voltou ao centro do debate em Brasília. Em audiência realizada nesta quarta-feira (3/9), representantes dos ministérios do Esporte e da Fazenda, além de deputados da Subcomissão Permanente de Regulação de Apostas Esportivas, defenderam mais clareza sobre a arrecadação e repasse dos recursos das apostas.


O secretário Nacional de Apostas Esportivas e Desenvolvimento Econômico do Ministério do Esporte, Giovanni Rocco, afirmou que o governo precisa de mecanismos permanentes de controle. A proposta apresentada foi a criação de um comitê interministerial de transparência, unindo Esporte e Fazenda, para acompanhar os repasses feitos às entidades esportivas.


Segundo Rocco, a dependência financeira atual do futebol em relação às casas de apostas já alcança níveis preocupantes:

“O futebol brasileiro hoje é totalmente dependente dos recursos das bets, e esse valor está inflacionado em pelo menos cinco vezes. O debate sobre publicidade e repasses precisa ser tratado com maturidade para que o esporte não seja prejudicado”, destacou.

Fachadas do Ministério do Esporte e do Ministério da Fazenda em Brasília, com mesa redonda de representantes discutindo repasses de apostas; ícones de futebol, moedas e QR Codes flutuam no centro, simbolizando transparência e fiscalização.
Imagem mostra ministérios do Esporte e da Fazenda discutindo transparência no repasse de recursos das apostas ao esporte brasileiro.

Entidades cobram clareza no repasse dos recursos das apostas


A Confederação Brasileira de Desporto Escolar (CBDE) também reforçou a necessidade de transparência. Para o presidente Antônio Hora, não há garantias de que os valores recebidos correspondem ao que deveria ser repassado.

“As entidades privadas conseguem acessar os recursos, mas não temos como confirmar se os valores são corretos. A falta de clareza prejudica a credibilidade do sistema”, afirmou.

Hora ainda destacou que os recursos não devem se concentrar apenas no esporte de alto rendimento: é fundamental que o esporte escolar também receba impacto positivo.



O Ministério do Esporte e a “dívida social” das bets


Outro ponto levantado por Giovanni Rocco foi o papel das operadoras de apostas. Para ele, as bets carregam uma “dívida social” com o esporte brasileiro, já que utilizaram a paixão nacional como porta de entrada no cotidiano da população.


“Essa contrapartida precisa vir à altura para enfrentarmos os problemas advindos das apostas como um todo. A sociedade merece respostas claras”, afirmou o secretário.



Reflexão editorial: transparência ou novo cabide de empregos?


A criação de um comitê interministerial soa, em teoria, como avanço. Mas vale o alerta: quantos conselhos, grupos de trabalho e comissões já foram instalados no Brasil sem resultados práticos? O risco é que a medida vire apenas mais um cabide de empregos, em vez de um instrumento real de fiscalização.


Transparência não pode ser apenas discurso em audiências públicas. Precisa estar traduzida em dados abertos, relatórios periódicos e mecanismos acessíveis ao cidadão comum — aquele que financia a engrenagem tanto como apostador quanto como contribuinte.


O esporte brasileiro, tão dependente do dinheiro das apostas, corre o risco de ficar refém de um modelo inflado e opaco. Sem clareza, sobra espaço para distorções, privilégios e desvios. O jogador que aposta dentro da lei e o torcedor que consome esse espetáculo merecem muito mais do que promessas. Merecem fiscalização real.


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© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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