Vampeta: quando a irreverência vira ferramenta de jogo responsável
- Fred Azevedo

- 3 de out.
- 10 min de leitura
Atualizado: 5 de out.
Um estalo que virou trending topic
Vampeta já foi campeão do mundo, já foi dirigente, comentarista… mas também entrou para a cultura pop brasileira de um jeito inusitado: o famoso “Vampetaço”, ensaio nu que atravessou décadas como piada, meme e referência obrigatória no futebol irreverente.
Anos depois, o tema voltou às manchetes — não porque ele repetiu a dose, mas porque virou peça central de uma campanha da BETesporte.
Tudo começou com um teaser: Vampeta anunciava um novo ensaio +18:

Criando expectativa e gerando memes instantâneos nas redes sociais. No dia do “lançamento”, porém, veio a virada. Em vez de novas fotos, o público foi surpreendido com uma mensagem direta de conscientização:
“A conscientização sobre apostas é fundamental, esse não é um ambiente para menores de 18 anos. (…) O jogo é +18, assim como foi o meu ensaio em 1999. E vocês que queriam ter a emoção de ver o velho Vamp sem roupa, vão ter que se contentar com as fotos antigas.”
Não houve novo ensaio nu. O que houve foi algo ainda mais eficiente: uma campanha que soube brincar com a memória cultural do “Vampetaço” e, com isso, atrair a atenção de milhões de brasileiros para um tema que normalmente passaria despercebido — o jogo responsável.
A BETesporte ousou em um mercado onde a publicidade costuma repetir fórmulas: patrocínio de clubes, slogans genéricos e bônus relâmpago. Em vez disso, apostou na ironia e na lembrança de um episódio histórico do futebol brasileiro. O resultado? Viralização imediata, buscas recordes no Google e uma avalanche de debates em redes sociais e veículos de imprensa.
Mais do que uma ação publicitária, foi um exemplo de marketing de guerrilha bem executado. Uma campanha de baixo custo que soube usar timing, humor e contexto cultural para amplificar uma mensagem séria: apostar é um entretenimento exclusivo para maiores de 18 anos, e deve ser feito com moderação.
Confira abaixo ou no Instagram da BETesporte o vídeo da campanha:
Quem são os caras por trás da ideia
Antes de Vampeta virar trending topic por causa de uma campanha de jogo responsável, havia dois jovens pernambucanos atrás das câmeras. Heitor Melo, 29 anos, e Danilo Melo, 25 anos, começaram a vida profissional produzindo vídeos de casamento e eventos no interior de Pernambuco. Para vender melhor seu trabalho, mergulharam no marketing — não em sala de aula, mas na prática, estudando e lendo todos os dias.
Esse caminho levou os irmãos a conhecer o diretor Vinicius Nogueira, que enxergou neles talento e disciplina. Primeiro, prestaram serviços de audiovisual para a BETesporte. Pouco depois, receberam o convite para estruturar o setor de marketing da empresa, ainda em fase inicial.
De lá para cá, a dupla saiu do interior para viver na capital e assumir uma cadeira pouco comum: jovens sem formação acadêmica formal, mas que hoje respondem pela comunicação de uma das casas de apostas mais comentadas do Brasil.
“A BETesporte sempre nos tratou como família”, dizem. “E foi isso que nos fez aceitar o desafio: conhecer de dentro uma empresa séria e, agora, levar essa visão para fora.”
Heitor e Danilo encaram o setor com leveza, mas sem ingenuidade. Sabem que o produto carrega preconceito e barreiras culturais, e que o marketing não pode ser apenas sobre vender. Precisa educar, divertir e quebrar estigmas. E foi exatamente isso que fizeram ao transformar uma lembrança irreverente da cultura futebolística em uma campanha que alcançou milhões de pessoas.
Na sequência, a entrevista completa com os diretores de marketing da BETesporte:
Para começar, poderiam se apresentar? Nome, cargo e a trajetória até chegar à BETesporte.
Heitor Melo (29) e Danilo Melo (25). Nós atuávamos no mercado de audiovisual no interior de Pernambuco, trabalhando com eventos, casamentos e vídeos para empresas. Para vender mais, começamos a estudar marketing, criando ideias e soluções para nossos clientes. Esse estudo virou hábito diário e seguimos até hoje.
Quanto tempo vocês já atuam no marketing e em quais setores passaram antes das apostas?
Já estamos há oito anos no mercado. Apesar de não termos formação acadêmica, sempre priorizamos aprendizado constante. Nosso foco era audiovisual, mas o marketing veio como complemento e acabou se tornando essencial para nossa evolução profissional.
O que levou vocês a migrar para esse mercado tão polêmico e, ao mesmo tempo, em crescimento?
Começamos prestando serviços de audiovisual para a BETesporte. Foi aí que conhecemos o diretor Vinicius Nogueira, que sempre nos tratou com muito respeito e princípios. Ele acreditou em nós e nos convidou para iniciar o setor de marketing da empresa, que estava nos primeiros passos. Ao mesmo tempo, vimos a ascensão do mercado e acreditamos no potencial de crescimento.
O que mais surpreendeu no dia a dia do marketing de apostas em comparação a outros setores?
O preconceito em relação ao produto. Existe uma barreira cultural forte. Por isso, buscamos sempre uma linguagem mais leve e extrovertida para nos conectar melhor com o cliente final.
Como vocês definem a cultura interna da BETesporte? É mais “startup ousada” ou mais “companhia tradicional”?
A empresa imprime o caráter da diretoria: honradez e família. Vivemos um clima de time unido. Nunca trabalhamos em outro lugar e não sabemos se nos adaptaríamos em outro ambiente. Aqui é leve, extrovertido e desafiador, e gostamos muito disso.
Qual foi o maior desafio e aprendizado até agora como diretores de marketing?
Todo marketeiro quer vender mais, mas no nosso caso existe também o dever de educar. O desafio é equilibrar venda com conscientização, para que o jogo não vire vício. O maior aprendizado foi entender a linguagem peculiar de cada esporte e cada modalidade, tratando cada público com atenção. É desafiador, mas muito estimulante.
No plano pessoal: vocês acompanham esportes, gostam de apostar ou se mantêm só no lado profissional?
Sempre gostamos de esportes e esse amor cresceu dez vezes depois da BETesporte. Não tínhamos tanto contato com apostas, mas hoje nos divertimos entre amigos, apostando uns com os outros. Para nós, é uma forma genuína de “esquentar o jogo”.
Se tivessem que explicar a alguém de fora por que aceitaram esse desafio, o que diriam em uma frase?
Fomos aceitos por uma família chamada BETesporte. Saímos do interior para viver na capital e recebemos apoio total. Ao entrar nesse mundo, entendemos o que é uma empresa séria de apostas. Agora, nosso desafio é fazer o público compreender isso da mesma forma que vivemos no dia a dia.
Como nasceu a ideia de revisitar, em tom de paródia, um momento tão marcante da carreira do Vampeta?
O Vampeta é um verdadeiro ícone, com uma trajetória brilhante no futebol e um humor inconfundível. Sempre teve uma relação descontraída com o famoso “Vampetaço”, e isso nunca foi um tabu. Quando se trata de falar sobre jogo responsável, a abordagem tradicional muitas vezes soa repetitiva e previsível. Foi então que tivemos a ideia de criar uma campanha 18+ com o Vampeta, um personagem carismático que atrai a atenção de diferentes públicos. E não poderia ter dado mais certo, a reação foi exatamente o que esperávamos.
O objetivo era brincar com a irreverência do personagem ou usar o choque como porta de entrada para uma mensagem séria de jogo responsável?
O objetivo era usar a irreverência do Vampeta para chamar a atenção de forma descontraída, mas com um propósito claro: criar um impacto que gerasse curiosidade e, a partir disso, abrir espaço para uma mensagem séria sobre jogo responsável. A campanha foi planejada em duas etapas: primeiro, atraímos o público com o anúncio do novo ensaio 18+, gerando expectativa e um intenso debate que repercutiu nos principais veículos de comunicação. Em seguida, direcionamos a conversa para a importância do jogo responsável, destacando que ele é destinado exclusivamente para maiores de 18 anos e deve ser praticado com moderação. O público curtiu a ideia e o feedback foi muito positivo.
Por que escolher justamente o Vampeta como rosto dessa ação?
Vampeta é um dos nossos embaixadores e é impossível não admirar sua forma leve e sem filtros de encarar a vida. Descomplicado, sem preconceitos ou julgamentos, ele conquistou a simpatia de todo o Brasil. Mesmo entre os mais jovens, que não o viram jogar, ele é referência, especialmente como comentarista. Então, quem melhor do que ele para transmitir uma mensagem tão importante e relevante?
O setor de apostas costuma ser associado a excesso de propaganda e bônus. Por que decidiram apostar no humor e na memória cultural para falar de responsabilidade?
Estratégia! Decidimos fugir do óbvio. A comunicação sobre jogo responsável não precisa ser rígida ou formal. O humor tem o poder de quebrar a resistência das pessoas e tornar temas importantes mais acessíveis e impactantes.
Qual foi a principal mensagem que vocês quiseram passar com essa tiração de sarro?
A mensagem foi direta: nem sempre o que parece é o que é,e nesse caso, o jogo é para maiores de 18 anos. As pessoas esperavam o “vampetaço” 2.0, mas, na verdade, o que estávamos fazendo era lançar nossa campanha de conscientização. O ambiente de apostas pode ser divertido e emocionante, mas sem discernimento e responsabilidade, pode se tornar prejudicial. A ideia foi justamente quebrar expectativas e gerar reflexão sobre o jogo responsável.
Como garantir que a ironia não ofusque o recado central de conscientização?
A ironia, na verdade, faz parte da estratégia para conseguir mais alcance e em seguida comunicar a mensagem de conscientização. Ela serve para chamar a atenção e destacar o risco de excessos ou falsas promessas de ganhos. É por isso que, constantemente, lançamos campanhas reforçando a importância de jogar em casas regulamentadas, que seguem as normas da Secretaria de Prêmios e Apostas, garantindo um ambiente seguro e responsável para todos.
A campanha gerou comentários divertidos, mas também críticas duras. Como a BETesporte interpreta essa divisão?
A maioria dos comentários foi muito positiva, mas é natural que haja críticas, especialmente em um nicho como o nosso. O mais importante é quebrar estereótipos e mostrar que o jogo faz parte da cultura e pode ser divertido, desde que praticado com responsabilidade e sem excessos. O objetivo sempre foi abrir um diálogo construtivo sobre o jogo responsável.
Já dá para medir impacto em termos de engajamento, alcance ou percepção de marca?
O retorno da campanha foi absurdo, considerando o fato de que o custo de produção foi abaixo de 3 mil reais, por opção nossa, e ainda está gerando ótimos resultados, com um alcance significativo, atingindo milhões de contas e virando destaque nos maiores veículos de comunicação do país. De acordo com os dados do Google Trends, desde que o Google começou a registrar pesquisas, em 2004, este é o período em que o termo "Vampeta" foi o mais pesquisado na internet. E o mais interessante é que os dados ainda não estão completos, o que indica que a campanha ainda está no seu auge e continuará gerando impacto por um bom tempo. O impacto em termos de engajamento e percepção de marca é inegável.
Vocês acham que o choque inicial ajuda a abrir espaço para discutir jogo responsável de forma mais leve?
Com certeza! O choque inicial foi fundamental para atrair a atenção, até mesmo de pessoas que não estão familiarizadas com o universo das apostas, mas que entenderam o propósito da mensagem. Esperamos que essa campanha se torne um case inspirador, incentivando outros sites a desenvolverem iniciativas semelhantes. O objetivo é claro: promover a conscientização de forma leve e impactante!
Vocês querem se posicionar como a casa mais irreverente do mercado ou como uma operadora que leva jogo responsável a sério?
A BETesporte está entre as pioneiras na regulamentação do setor, o que reflete nosso compromisso com o jogo responsável. Acreditamos que irreverência e responsabilidade podem coexistir no âmbito da comunicação. Podemos tratar do tema de maneira leve e criativa, sem perder a seriedade. No caso do Vampeta, escolhemos o bom-humor, e os resultados falam por si.
Até que ponto o humor pode ser um aliado para falar de responsabilidade em um setor tão polêmico?
O humor é uma ferramenta poderosa para quebrar barreiras e criar conexão, principalmente no nosso país. Ele ajuda a tornar um tema polêmico mais acessível e menos carregado de preconceitos. Assim, conseguimos transmitir a mensagem de que o jogo pode ser divertido e seguro, desde que seja praticado com responsabilidade, respeitando sempre as regras e os limites.
O que essa campanha sinaliza para as próximas ações de marketing da BETesporte?
Os resultados da campanha nos trouxeram ótimos feedbacks e insights. Com base nisso, vemos grandes oportunidades de continuar inovando, apresentando conteúdos educativos e de conscientização, ao mesmo tempo em que quebramos preconceitos e ampliamos a compreensão sobre o setor de apostas de forma responsável.
Muitos dizem que a publicidade de apostas no Brasil é repetitiva e “sem alma”. Vocês concordam que era hora de quebrar esse padrão?
Com certeza! Quebrar esse padrão repetitivo é um dos nossos maiores desafios, e é exatamente isso que nos motiva. Estamos constantemente analisando o mercado e explorando novas abordagens para fugir do óbvio, oferecendo campanhas mais autênticas e atraentes, que realmente conectem com os jogadores de forma diferenciada.
Se a primeira lembrança que alguém tem da BETesporte for o Vampeta nu, vocês consideram isso uma vitória ou um risco?
Hahahaha! Vai depender do ponto de vista, né? Vampeta pelado, vampeta vestido, fantasiado, ou seja lá como for, lembrar do nosso embaixador associado à nossa marca é um ponto positivo. Assim como a BETesporte é reconhecida por ser a Bet do Zico. Isso traz credibilidade e autoridade para a nossa marca.
Dá para ser engraçado e ainda assim passar a mensagem séria de que jogo precisa de limite?
Com certeza! A prova disso é a nossa campanha. Conseguimos atrair atenção, criar expectativa e, no final, transmitir uma mensagem importante sobre limites no jogo. Modéstia à parte, foi uma ação de marketing bastante eficaz e bem executada.
Um case de ousadia à brasileira
A BETesporte conseguiu o que muitos gigantes ainda não: transformar uma mensagem de conscientização em trending topic nacional, com investimento mínimo e inteligência cultural. Ao resgatar o “Vampetaço” e dar a ele um novo significado, a marca mostrou que humor e responsabilidade podem andar juntos.
Por trás dessa ideia estão dois jovens pernambucanos, Heitor e Danilo Melo, que trocaram as câmeras de casamentos e eventos pelo desafio de reinventar o marketing de apostas. Hoje, eles assinam uma das campanhas mais comentadas do ano — provando que visão, coragem e leitura de contexto valem tanto quanto qualquer patrocínio milionário.
Se a lembrança que fica é Vampeta nu ou Vampeta como garoto-propaganda do jogo responsável, pouco importa. O que importa é que a ação virou case. E num mercado acostumado ao óbvio, ousadia pode ser a diferença entre ser apenas mais uma bet ou ser lembrada como a casa que soube rir de si mesma para falar sério com o público.
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