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Sistema de autoexclusão e combate a ilegais dominam webinar da OAB/DF sobre jogos

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • 10 de set.
  • 3 min de leitura

Atualizado: há 5 dias


Avanços e desafios em debate


A Comissão de Direito dos Jogos da OAB/DF promoveu, nesta terça-feira (10), o webinar “Como Chegamos Até Aqui”, reunindo autoridades, juristas e representantes do setor para analisar a regulação das apostas no Brasil. O encontro contou com a mediação de Bárbara Teles e as participações de Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, e Magnho José, presidente do Instituto Jogo Legal e editor do BNLData.


O Ministério da Fazenda destacou como conquistas recentes:

  • criação da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) em 2024;

  • publicação de 11 portarias regulatórias;

  • início do processo de autorizações em 2025, que diferenciou pela primeira vez operadores legais e ilegais.


Além disso, Dudena apresentou dados inéditos do setor: 17,7 milhões de apostadores e R$ 17,4 bilhões de GGR no primeiro semestre de 2025. Segundo ele, esses números reforçam a importância de uma base confiável para políticas públicas.


Durante o webinar, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, destacou que os maiores desafios da regulação estão em frear o avanço das plataformas ilegais, manter uma fiscalização permanente e desenvolver narrativas públicas mais claras e fundamentadas sobre o setor.
Durante o webinar, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, destacou que os maiores desafios da regulação estão em frear o avanço das plataformas ilegais, manter uma fiscalização permanente e desenvolver narrativas públicas mais claras e fundamentadas sobre o setor.

Os três marcos da regulação


O debate dividiu a trajetória em três fases:

  1. 2018 – Medida Provisória convertida na Lei 13.756/2018, criando as apostas de quota fixa.

  2. 2018–2023 – período sem regulamentação, descrito como “selvagem”, em que operadores ilegais se fortaleceram.

  3. A partir de 2023 – promulgação da Lei 14.790/2023 e início da atuação regulatória da SPA.


Para Dudena, seus “três orgulhos” à frente da Secretaria são:


  • concluir o marco regulatório em tempo recorde;

  • implementar o processo de autorização em 2025;

  • iniciar uma fiscalização ativa, que já bloqueou mais de 18 mil domínios ilegais.



Sistema de autoexclusão e novas medidas


Entre os próximos passos, Dudena anunciou a criação de um sistema centralizado de autoexclusão, considerado essencial para proteção de jogadores vulneráveis. Outro ponto será a corresponsabilização de prestadores de serviços (fornecedores, plataformas e sistemas), algo inédito no país.


O secretário destacou ainda a cooperação da SPA com órgãos como Anatel, Banco Central, Receita Federal, Conar, Senacon e Febraban para intensificar bloqueios de sites e abrir processos contra operadores não autorizados.


Déficit de imagem e narrativa pública


Magnho José alertou para o déficit de imagem do setor, resultado de anos sem regulação e da força dos ilegais. Ele criticou narrativas exageradas, como a de que “o setor sangra R$ 200 bi/mês da economia”, frequentemente reproduzidas por uma mídia sem especialistas. Defendeu maior transparência de dados, campanhas educativas e, futuramente, a legalização do jogo físico.



Reflexão editorial


O webinar da OAB/DF mostrou um setor que finalmente tem números, regras e autoridades responsáveis — mas ainda carrega o peso de anos de descaso. A agenda regulatória agora precisa se provar eficiente contra o mercado pirata, que segue acessível a qualquer clique.


O discurso de “proteger o cidadão” só terá valor se as ferramentas de fiscalização e de autoexclusão forem realmente aplicáveis no dia a dia do jogador. Caso contrário, o risco é que a proteção vire apenas retórica, enquanto o mercado ilegal mantém sua vantagem competitiva.


Programação dos próximos webinars


A OAB/DF seguirá promovendo encontros semanais, sempre às terças-feiras, gratuitos e transmitidos via Zoom.


  • 16/09 – Jogos permitidos no Brasil;

  • 23/09 – Licenciamento e requisitos técnicos;

  • 30/09 – Jogo responsável;

  • 07/10 – Direitos do apostador;

  • 14/10 – Pagamentos e tributação;

  • 21/10 – Publicidade e afiliados;

  • 28/10 – Prevenção à lavagem de dinheiro;

  • 04/11 – Manipulação de resultados;

  • 11/11 – Panorama internacional;

  • 18/11 – Tendências e próximos passos.


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© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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