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Governo sobe imposto, critica setor e avança com Caixa Bet: coincidência ou plano?

  • Foto do escritor: Fred Azevedo
    Fred Azevedo
  • 13 de jun.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 23 de jun.

Coincidência demais para ser só coincidência? Governo eleva impostos e sinaliza “repensar” o mercado de apostas enquanto avança com a Caixa Bet


Seria apenas mais uma declaração avulsa ou parte de um plano para estatizar, na prática, o controle do setor? A teoria da tomada de assalto pelo Estado ganha corpo — e indícios.


Coincidência demais para ser só coincidência?
Coincidência demais para ser só coincidência?

Na quinta-feira (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou abertamente que o mercado de apostas eletrônicas “deveria ser repensado” pelo Congresso Nacional.


À primeira vista, a fala parece apenas mais um comentário pessoal de quem nunca simpatizou com o setor. Mas, para quem acompanha com atenção os movimentos do governo, o tom não soa tão inocente assim.


A declaração veio um dia após a publicação da Medida Provisória 1.303/2025 que aumentou de 12% para 18% a tributação sobre a receita das casas de apostas, além de trazer novas medidas de controle fiscal. Segundo Haddad, as apostas online geram cerca de R$ 40 bilhões de lucro bruto por ano, mas pagam uma carga tributária inferior à de empresas convencionais.

“Não geram emprego. Eu pessoalmente não gosto de jogo. Penso que é uma coisa que deveria ser até repensada pelo Congresso Nacional.” — Fernando Haddad

A frase, embora subjetiva, carrega um subtexto que merece atenção: estaria o governo, por meio da Caixa Econômica Federal, pavimentando o caminho para monopolizar o setor internamente?


Um plano em marcha?


Não é a primeira vez que o Porta Fred Azevedo levanta essa hipótese: há sinais de que o governo pode estar operando para transformar o setor de apostas em um braço fiscal direto da União.


A Caixa Bet, plataforma de apostas digitais da Caixa Econômica Federal, já obteve autorização para atuar com apostas de quota fixa, eventos ao vivo e campanhas publicitárias de largo alcance — ou seja, com as mesmas armas dos gigantes do setor.


A diferença?


Todo o lucro da Caixa Bet retorna diretamente ao Tesouro Nacional.


Ou seja: se uma empresa privada lucra R$ 100 milhões, parte vai para impostos. Mas se a Caixa Bet lucra o mesmo valor, a arrecadação é total — sem intermediários, sem concorrência feroz, e com estrutura pública de apoio.


Subir o imposto para expulsar concorrência?


A nova alíquota de 18% pode até fazer sentido sob a ótica arrecadatória. Mas seu impacto é claro: as margens de lucro encolhem, e players menores correm risco de não sobreviver no novo ambiente. Entidades representativas do setor reagiram com veemência, alertando para o risco de inviabilização do modelo de negócio.


Enquanto isso, a Caixa Bet avança em silêncio. Amparada por uma estrutura estatal, publicidade institucional e o respaldo de quem regula o próprio mercado, ela opera sem o mesmo tipo de vigilância ou pressão comercial.


Um mercado “repensado” — mas para quem?


Quando Haddad fala em repensar o setor, está falando em reformar? Em restringir? Ou em reorganizar o tabuleiro para que só a peça estatal permaneça em jogo?


Basta unir os pontos: elevação de impostos, dificuldade regulatória crescente, ausência de incentivos para novos operadores e... uma empresa pública pronta para ocupar o espaço.


A pergunta que fica: não seria mais conveniente para o governo concentrar o mercado em uma única operadora — e que essa operadora seja sua?



Caixa Bet: o que está em jogo


Com o cenário atual, a Caixa Bet opera com vantagem significativa. Ela pode:


  • Concorrer sem as mesmas pressões comerciais dos operadores privados;

  • Usar agências públicas como canais de divulgação;

  • Aproveitar a credibilidade institucional da Caixa para atrair apostadores;

  • Reverter 100% do lucro ao Tesouro, o que a torna mais “eficiente” para fins fiscais.


Para um governo que busca novas fontes estáveis de arrecadação e já estima R$ 4 bilhões em tributos do setor em 2025, uma estatização informal pode parecer — aos olhos do Estado — um plano perfeito.


A opinião pública como trunfo político


Além da engenharia econômica, há um fator político relevante: a rejeição popular aos cassinos online.


Pesquisas já indicam que a maioria da população brasileira é contrária à liberação desse tipo de atividade, sobretudo quando associada à ideia de “jogo de azar”.


Nesse contexto, endurecer as regras, criticar o setor abertamente e associá-lo a interesses privados pode gerar capital político real. Em um ano pré-eleitoral, assumir um discurso de moralização e “reconquista estatal” sobre o setor pode render votos — e colocar o governo em posição confortável diante de um eleitorado que vê com desconfiança a proliferação de plataformas de apostas.


A teoria ganha corpo


Já alertamos aqui no Portal: o governo pode estar conduzindo uma “tomada branca” do setor, sufocando o espaço de operação privada até que reste apenas uma opção sólida, viável e institucionalmente blindada — a própria Caixa Bet.


Sim, pode ser apenas teoria. Pode ser exagero, desconfiança injustificada, paranoia fiscal. Mas, a cada nova medida, a cada silêncio conveniente, a cada fala enviesada de um ministro, a teoria vai ganhando contornos mais nítidos.


Nota do Editor


Este artigo não pretende afirmar categoricamente a existência de um plano de estatização. Trata-se de uma hipótese baseada em sinais, ações e omissões recentes — que podem, ou não, estar conectadas.


Seguimos acompanhando de perto os desdobramentos envolvendo o Ministério da Fazenda, a Caixa Econômica Federal e os órgãos reguladores.


O espaço permanece aberto para manifestações oficiais. Somente o tempo, com a devida transparência dos atos públicos, poderá esclarecer se estamos diante de uma estratégia legítima de Estado ou de uma coincidência mal interpretada.


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© 2025 por Frederico de Azevedo Aranha

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